Margarette

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O terror da página em branco

Já todos estivemos lá: compramos aquele caderno lindo, é aquele que sabes que vai ser “O Tal”; entretanto preparas o estojo, as tintas, os pincéis… e dás por ti a olhar para uma página em branco, e a sentires-te mais à deriva do que um turista sem mapa numa cidade desconhecida.

E se eu te dissesse que a chave para desbloqueares a tua criatividade pode estar... nas limitações?

Pois é, as limitações são as melhores amigas que nunca soubeste que precisavas no teu diário gráfico. São como aqueles brinquedos antigos que só faziam uma coisa mas que nos obrigavam a ser super criativos.

Então, põe o teu chapéu mais excêntrico, e vamos mergulhar no uso das limitações como forma de transformar o teu diário gráfico, de um deserto de ideias, num oásis de criatividade.

  1. A Magia do Monocromático

Imagina que só tens um marcador de cor preta, e mais nada. De repente, a falta de escolha torna-se a tua musa. O desafio? Criar algo incrível com apenas esse marcador.

Começas a explorar sombras, texturas, contrastes. Quem diria que um simples marcador preto podia levar a tamanha profundidade (literal e figurativa)? Esta limitação força-te a explorar novas técnicas e a dominar verdadeiramente o uso do que tens à mão. E a melhor parte, nunca terás que te preocupar em escolher a cor certa.

2. O Desafio do Cronómetro

Define um cronómetro para 10 minutos. Esse é todo o tempo que tens para criar algo. Assustador? Talvez ao início. Mas vais descobrir que a pressão do tempo pode de facto incendiar a tua imaginação.

Com o relógio a contar, não tens tempo para duvidar de ti próprio ou para superanalises. É tudo uma questão de fluxo, querid@s pintor@s! E a beleza disto? Ficarás muito surpreendid@ com o que podes criar em tão pouco tempo. Além disso, esta prática ajuda a construir uma excelente disciplina de desenho diário.

3. O Limite do Espaço

Escolhe uma área minúscula do teu diário gráfico, digamos, um quadrado de 5x5 cm. Este é agora o teu mundo. Tudo o que desenhares hoje, tem de caber aí.

Isto obriga-te a pensar de forma diferente sobre composição, detalhe e o que é realmente essencial na tua obra. Esta restrição espacial pode levar a descobertas criativas inesperadamente ricas e a usar cada milímetro a teu favor. Além disso, é uma maneira excelente de fazer um diário gráfico durar mais!

Em resumo, abraçar limitações no teu diário gráfico não é sobre restringir a tua criatividade, mas sim sobre canalizá-la de formas novas e emocionantes.

É como dizer, "Ok, criatividade, aqui está um labirinto; agora mostra-me como vamos sair." E acredita, a saída é sempre mais colorida, vibrante e surpreendente do que poderias imaginar.

Então, agarra o teu diário gráfico, escolhe a tua limitação, e prepara-te para seres maravilhosamente surpreendido(a) pelo que és capaz de criar.

Feliz sketchbooking!