Escolhe as pessoas certas

As pessoas certas fazem a diferença

Há pessoas que passam na nossa vida porque as escolhemos, há outras que não

 

A nossa vida é feita de encontros e desencontros com várias pessoas diferentes. Algumas ficam, outras vão, deixando ou não “lastro” para trás.

O lastro positivo fica, acrescenta, faz-nos evoluir e sermos melhores e mais felizes; o negativo, se não tratado da maneira certa, deixa raízes muito profundas que afetam todas as decisões que tomamos daí pra frente.

 

Já passei por muitas fases na minha vida no que toca a pessoas.

Sempre fui introvertida, e mais nova, muito envergonhada (as duas palavras não significam o mesmo). Quando era mesmo pequenina, brincava imenso sozinha embora tivesse dois irmãos mais velhos, e vivia completamente dentro da minha cabeça.

E estava tudo bem, porque afinal dentro da minha cabeça eu é que ditava as regras e tudo era cor-de-rosa e unicórnios a voar. Quanto mais me deixassem quietinha no meu canto, tanto melhor. Até ficava feliz que não falassem comigo! Obviamente que, com o passar dos anos, isso se torna pouco ou nada sustentável.


Na escola, a participação era um dos items frequentes de avaliação, e eu nunca mais me esqueci da minha primeira aula de matemática no 5º ano, com um Professor que parecia uma personagem retirada dos filmes de terror (provavelmente a minha aversão à Matemática começou aí...), em que fomos todos mandados ao quadro fazer um género duma demonstração de capacidades.

Já nem me lembro exatamente do que era, uma conta qualquer que provavelmente não seria assim tão difícil, mas eu estava tão nervosa que me espalhei completamente ao comprido, e o Professor com o seu ar desdenhoso quase a “cuspir” para cima de mim, disse “pode-se ir sentar, já percebi que não entende nada disto”. Fiquei para morrer.

Isto amigos, foi há 27 anos atrás. Mas eu nunca mais esqueci.

 

Ao longo do resto da minha vida, lutei sempre muito com a questão das relações pessoais. Rapidamente percebi que assim não ia longe, e ia lidando com o nervosismo das interações sociais com humor, característica que nunca me deixou. E ainda bem.

 

Na grande maior parte das nossas vidas, não temos direito de escolha das pessoas que nos rodeiam. Fomos postos naquela escola, porque os nossos Pais a escolheram; daí vieram as primeiras amizades e outras relações; conforme crescemos, a nossa rede de conhecimentos vai-se expandindo mais e mais.

De vez em quando, há alguns muito raros momentos em que pensamos “uau como é que eu ainda não me tinha cruzado com esta pessoa antes”. Mais tarde, até podes vir a concluir que afinal aquela pessoa não era assim tão “uau”, mas passou na tua vida, e alguma coisa de certeza aprendeste. Aprendes sempre, ainda que não o queiras logo reconhecer.

Para aquelas pessoas “uau” que assim continuam, só tens um remédio: fazer tudo o que estiver ao teu alcance para as manteres na tua vida. O que, se a pessoa realmente gostar de ti, não deve ser muito difícil. Basta seres tu próprio, da maneira mais natural possível, e quem tem que ficar, fica sem tu te esforçares muito.

Para mim, esse sempre foi o meu grande forte: estar do lado das pessoas. A Margarida sempre foi “boa amiga”, “boa conselheira”, “boa ouvinte”, “a mais animada” (palavras de outros, não minhas). E ainda que, quando era mais nova, isso fosse uma forma de manter as pessoas por perto, porque tinha uma auto estima inexistente e achava que era assim que tinha que ser se queria ter amigos, hoje em dia já não.

Faço-o de forma verdadeiramente altruísta, porque acho que na partilha é que está o verdadeiro ganho, e se eu puder partilhar algo meu que possa provocar um sorriso em alguém, fá-lo-ei vezes sem conta, independentemente de ter retorno ou não.

Nos vários cursos e formações que já dei, já tive o privilégio de provocar muitos sorrisos e momentos “aha!”. Não me aborrece nada chegar ao fim de um dia de workshop completamente de rastos, drenada fisica e emocionalmente, porque sei que fiz a diferença para os meus querid@s pintor@s.

É que, a frase certa, dita no momento certo, pode mudar a vida de alguém. Por isso não deixes nunca de dirigir uma palavra de alento a quem aches que precisa. Podes mudar a sua vida, e nem dares por isso.

 
 

Na próxima semana sai a primeira Newsletter do ano, onde vou partilhar contigo um passo a passo do foguetão que publiquei há uns tempos no Instagram, se precisares de alguma ajuda ou dica já sabes onde m e encontrar, estás à vontade. Nessa altura vou também partilhar o calendário anual de formações presenciais, tenho algumas online também pensadas, mas isso depende…bem, de ti :)

Desejo-te um mega Domingo!